quarta-feira, 27 de março de 2013
Quem conta um conto aumenta um ponto
Abaixo, posto o link para o download de um livro bastante útil quando se trata de estudar o gênero textual Conto. Façam bom proveito.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Prorrogação do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Muita gente tem questionado sobre a prorrogação do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Podemos dizer que, no caso do Brasil, a adaptação será - ou já foi - bem mais fácil do que para Portugal. Há quem discorde. Em caso de concursos públicos, não se esqueça de conferir o edital.
Vale a pena ver esta matéria também: Vigor do novo acordo ortográfico é prorrogado e Novo Acordo Ortográfico é adiado para 2016.
E então? O que acharam?
segunda-feira, 18 de março de 2013
Você sabe o que é cacofonia?
Acredito que a música abaixo ajudará você a entender melhor o que é cacofonia.
Vamos a explicação técnica:
A gramática tradicional apresenta a cacofonia como sendo um vício de linguagem. A definição que ela apresenta é de que a cacofonia ocorre quando uma sequência de sons em um dado enunciado soa de maneira desagradável. Por exemplo:
A boca dela estava suja de glacê.
Escapei do perigo iminente.
Contudo, vale salientar que as visões mais modernas encaram a cacofonia como uma ferramenta retórica quando é intencionalmente utilizada em um enunciado. Logo, nem sempre o cacófato será algo condenável. Isso dependerá da intenção do emissor.
No exemplo dado acima, a cacofonia foi intencional para criar um efeito que popularmente é chamado de "duplo sentido" e conferir um tom humorístico à mensagem.
Maiores comentários, mande para a gente.
Vamos a explicação técnica:
A gramática tradicional apresenta a cacofonia como sendo um vício de linguagem. A definição que ela apresenta é de que a cacofonia ocorre quando uma sequência de sons em um dado enunciado soa de maneira desagradável. Por exemplo:
A boca dela estava suja de glacê.
Escapei do perigo iminente.
Contudo, vale salientar que as visões mais modernas encaram a cacofonia como uma ferramenta retórica quando é intencionalmente utilizada em um enunciado. Logo, nem sempre o cacófato será algo condenável. Isso dependerá da intenção do emissor.
No exemplo dado acima, a cacofonia foi intencional para criar um efeito que popularmente é chamado de "duplo sentido" e conferir um tom humorístico à mensagem.
Maiores comentários, mande para a gente.
quarta-feira, 13 de março de 2013
SENÃO X SE NÃO
Não é raro surgirem dúvidas quanto ao uso de "senão" e "se não". Na pronúncia, não há diferença perceptível, apenas na escrita. Abaixo, posto algumas dicas que podem ajudar a sanar as dificuldades.
a) SENÃO é conjunção alternativa (sinônimo de "do contrário"). Exemplo: "Comporte-se, senão vai ficar de castigo."
b) SENÃO pode ser uma conjunção adversativa (sinônimo de "mas, porém" etc.). Exemplo: "Não obteve aplausos nem respeito, senão vaias."
c) SENÃO pode ser preposição (sinônimo de "com exceção de"). Exemplo: "Todos, senão você, riram do tombo do Juvenal." OBS.: pouco usado, mas possível e correto.
d) SE NÃO é conjunção condicional + advérbio de negação (sinônimo de "caso não"). Exemplo: "Se não vieres, vou embora." = Caso não venhas, vou embora.
a) SENÃO é conjunção alternativa (sinônimo de "do contrário"). Exemplo: "Comporte-se, senão vai ficar de castigo."
b) SENÃO pode ser uma conjunção adversativa (sinônimo de "mas, porém" etc.). Exemplo: "Não obteve aplausos nem respeito, senão vaias."
c) SENÃO pode ser preposição (sinônimo de "com exceção de"). Exemplo: "Todos, senão você, riram do tombo do Juvenal." OBS.: pouco usado, mas possível e correto.
d) SE NÃO é conjunção condicional + advérbio de negação (sinônimo de "caso não"). Exemplo: "Se não vieres, vou embora." = Caso não venhas, vou embora.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Se eu fosse um padre
Hoje, deixo para vocês um poema de Mário Quintana, um grande poeta gaúcho. Vale a pena parar um pouco e refletir na complexidade dita através de suas palavras simples. Boa leitura.
SE EU FOSSE UM PADRE
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!
(Mário Quintana)
domingo, 10 de março de 2013
Alma minha gentil, que te partiste
Soneto de um famoso clássico da Literatura Portuguesa. O grande Camões. O soneto abaixo foi escrito em homenagem a sua finada noiva. Observem a dor, a tristeza, a saudade e o amor expressado pelo eu-lírico. Boa leitura.
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
(Luís Vaz de Camões)
segunda-feira, 4 de março de 2013
Soneto do Desmantelo Azul
Poema de um poeta recifense com um forte apelo pictórico. É uma boa leitura para começar o dia.
Soneto do Desmantelo Azul
Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori, as minhas mãos e as tuas.
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
(Carlos Pena Filho)
Soneto do Desmantelo Azul
Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori, as minhas mãos e as tuas.
Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.
(Carlos Pena Filho)
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